
Havia um planeta distante habitado por bruxas. Elas eram entretidas em fazer maldades. Elas eram más por vocação e nada as faziam mudar o sentido de suas vidas.
Um dia uma bruxa aventureira, chamada Tristana, decidiu visitar o planeta terra, e foi nas vésperas do Natal. Ao voltar para seu planeta, a bruxinha, contou todas as espécies de acontecimentos e pensamentos do planeta terra nas vésperas do Natal.
Ela contou que havia um tal de Papai Noel que conseguia ser bem mais esperto do que elas. Todas com cara de espanto indagaram a pequena bruxa: - Como pode existir uma pessoa mais má do que nós?!
Ela explicou: - Ah, todos nós sabemos de nossas maldades, bem como os habitantes de nosso planeta. Mas a figura do velhinho lá é astuta. Ela usa estratégias bem mais complexas, maquiavélicas, manipuladoras e bem pensadas.
Todas perplexas, indagaram: - Mas como assim?
Continuou a bruxinha: -Bom, ela é passada como o símbolo da felicidade, da generosidade e da inocência. Entretanto, por trás dela há homens perversos que fazem parte da engrenagem de um sistema de ilusão e escravidão. Ela ilude as pessoas falando que distribui presentes para crianças. Engana duas vezes. Primeiro nem todas as crianças recebem presentes, e, depois, as que recebem logo enjoam dos presentes e caem novamente na monotonia e na tristeza que habitam naquele mundo.
Todas bruxas eufóricas diziam, murmuravam: -Nossa, precisamos conhecer este homem, este papai noel!
Tristana, logo respondeu: -Ah, não há necessidade de conhecer o velhinho, coitado! Precisamos conhecer os patrões do velhinho. Como já disse, ele só é uma peça de um sistema de maldade bem mais complexo!Aliás, ele também é descartável, como os presentes, as alegrias momentâneas e tudo mais. Acreditam que pegam um velhinho lá e o fantasiam desta figura de noél. Todavia, no final da festa pagam "merreca" para o coitado, e, ele volta cansado,usado e, também, alimentado por uma alegria temporária e limitada para sua casa.
Todas as bruxas:-Nossa, que máximo de maldade! Que sistema perfeito.
Tristana, a bruxinha, com semblante baixo, rebate: - Ah, eu estou triste! Nós somos más por vocação, somos autênticas. Agora, lá as pessoas não podem escolher em serem boas ou más! Perdeu o sentido para mim até em ser má! E eu não sei mais diferenciar: figura e velhinho,
Houve um silêncio eterno entre as bruxas.
Autor: Victor Dias Teixeira.
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