domingo, 19 de dezembro de 2010

De dentro para fora.

Há a eterna briga entre o corpo e o espírito. O corpo quer o conforto e o esforço mínimo. Ele necessita agir desta forma para sobreviver, entretanto mesmo quando não pratico os vícios, os pecados, não os deixo de os sentir. Estes sentimentos, levados pelos vícios, tornam-se a raiz de todas práticas que levam aos pecados, hoje chamados capitais, mas que sempre foram os mesmos.
Os pecados capitais receberam este nome para ficarem mais próximos da vida moderna, mas são os mesmos que nutrem todos os pensamentos e atitudes do ser humano animal, desde a antiguidade.
O que posso domar é não exteriorizar a ação que quer fluir levada por um vício, entretanto, tais vícios vêem ao longo da história e acompanham todos.
Os vícios são inerentes da uma carne corrompida e, também, bem próximos de nossos irmãos chamados seres irracionais. Talvez, eles não pequem, não praticam os vícios, por não terem consciência do "bem e do mal". Eis aí o pecado original. Nada mais é do que cobrir a vergonha, cobrir a nudez. A nudez é a triste constatação que enquanto seres humanos estaremos sempre nutridos por sentimentos, vontades que provocam vícios, pecados.
A ascensão a um plano superior é gratuita, e não é privilégio de ninguém. Prepotentes os que pensam que podem se libertar dos vícios, pecados, por esforço próprio. Nada mais fazem do que um mero controle. Por todo o tempo tempo só tentam domar esta força que flui naturalmente do corpo humano.
Vamos nos render. Render-se faz bem. Isto nos leva a verdadeira salvação.
Autor: Victor Dias Teixeira.

Padronização


Verdade é aquilo que é estabelecido como parâmetro mais próximo ou mais preciso de um paradigma criado.
Por isso há facções. Cada membro acha parceiros mais próximos do que acha como o padrão de felicidade e de comportamento normal para sua vida.
Por isso há divisões e cada divisão somada gera um total que nunca se chega a um fim. Isso gera a infinidade parente da infinitude; o meio parente do que falta para ser completado.
Autor: Victor Dias Teixeira.

Chegar onde ?


Será que chegaremos lá com: tantos feriados; Brasil patrocinar a Copa do Mundo e deixar seus filhos sem escola e saúde; a política do Pão e Circo (Jogo, Pinga e Bolsa Família-Fome Zero) escancarada aos olhos dos mais informados e que ao mesmo tempo anestesia aqueles que não conseguem ver seu efeito "pacificador"; o C R A C K destruindo a sociedade e dando alegria química compulsiva; o Governo emprestando dinheiro para o FMI e comprando aviões de guerra; cada brasileiro cuidando do banheiro da sua casa e não dando descarga, coisa simples, nos banheiros públicos; "rebolation" estourando nas paradas; o encontro do lixo no luxo; o uso do carro de cada cidadão brasileiro e o investimento precário em transporte público; o cartel da gasolina e do etanol; a carne moída nos hospitais públicos e postos de saúde; a construção de caixotes-prédios urbanos, criando saunas públicas (o negócio é vender e lucrar); a insistência de usar dos templos religiosos para fabricar dinheiro- Amway e Herbalife santas; a teoria da prosperidade do protestantismo- Deus é dono do ouro e da prata: então pega um pedaço!; a descoberta rápida da vacina da gripe H1N1 e o "empurra com a barriga" para a Dengue- doença de pobre mas do moquito que voa; a troca de valores onde quem tem é melhor de quem é; a elite burocrata nas universidades públicas e os marginalizados pagando as particulares, e o conluio dos reitores e professores a este sistema; a eterna subjetividade e abstração do brasileiro "carnalizada" nas sessões improdutivas do Legislativo; a rede Globo alienando com suas novelas toscas e seus jornais sensacionalistas; a Record, que no início dizia ser de uma Igreja que tirava demônio do corpo das pessoas, e que agora simplesmente repete a progamação da TV Globo; a comilança da vaca e do frango e os shows "bárbaros" dos rodeios; a invasão do mercado imobiliário inescrupuloso expulsando a pobreza e vendendo condomínios de luxo?
Chegar aonde? Num critério de felicidade baseado numa aferição de qualidade de vida baseada no materialismo?
Onde? Aonde? Ande, ande, ande e chegue lá! Mas onde está o lá? O lá não é aqui? O amanhã não é mera abstração do fracasso do hoje?

Autor: Victor Dias Teixeira.

Sem conexão.


Acordo, abro os olhos, respiro, tenho todas as funções vitais. Meu corpo não precisa de água e nem de comida. Não há o medo pois não há a morte. Ela e o dinheiro se foram. Estou independente. Se não preciso do dinheiro e não tenho medo da morte estou livre. Nada mais me prende.
Ao mesmo tempo estou perdido e preso pois as coisas malditas que me motivam se foram. A condição imposta já não existe. Meus critérios de luta por um objetivo já não existem. Estes foram baseados em fatos irreais, em ilusões, em coisas passageiras.
O estabelecido como verdade foi criado. Os criadores também se foram. Não há como acreditar mais na verdade, no real. Os seus criadores os deixaram. Não há mais a fonte que os alimentam.
O bem já não precisa ser inimigo do mal. Não há o dinheiro. Não há a troca. Como consequência não há a motivação.
Alma perdida, alma livre.
A condição não mais se impõe.
Autor: Victor Dias Teixeira.

As bruxas noés!


Havia um planeta distante habitado por bruxas. Elas eram entretidas em fazer maldades. Elas eram más por vocação e nada as faziam mudar o sentido de suas vidas.
Um dia uma bruxa aventureira, chamada Tristana, decidiu visitar o planeta terra, e foi nas vésperas do Natal. Ao voltar para seu planeta, a bruxinha, contou todas as espécies de acontecimentos e pensamentos do planeta terra nas vésperas do Natal.
Ela contou que havia um tal de Papai Noel que conseguia ser bem mais esperto do que elas. Todas com cara de espanto indagaram a pequena bruxa: - Como pode existir uma pessoa mais má do que nós?!
Ela explicou: - Ah, todos nós sabemos de nossas maldades, bem como os habitantes de nosso planeta. Mas a figura do velhinho lá é astuta. Ela usa estratégias bem mais complexas, maquiavélicas, manipuladoras e bem pensadas.
Todas perplexas, indagaram: - Mas como assim?
Continuou a bruxinha: -Bom, ela é passada como o símbolo da felicidade, da generosidade e da inocência. Entretanto, por trás dela há homens perversos que fazem parte da engrenagem de um sistema de ilusão e escravidão. Ela ilude as pessoas falando que distribui presentes para crianças. Engana duas vezes. Primeiro nem todas as crianças recebem presentes, e, depois, as que recebem logo enjoam dos presentes e caem novamente na monotonia e na tristeza que habitam naquele mundo.
Todas bruxas eufóricas diziam, murmuravam: -Nossa, precisamos conhecer este homem, este papai noel!
Tristana, logo respondeu: -Ah, não há necessidade de conhecer o velhinho, coitado! Precisamos conhecer os patrões do velhinho. Como já disse, ele só é uma peça de um sistema de maldade bem mais complexo!Aliás, ele também é descartável, como os presentes, as alegrias momentâneas e tudo mais. Acreditam que pegam um velhinho lá e o fantasiam desta figura de noél. Todavia, no final da festa pagam "merreca" para o coitado, e, ele volta cansado,usado e, também, alimentado por uma alegria temporária e limitada para sua casa.
Todas as bruxas:-Nossa, que máximo de maldade! Que sistema perfeito.
Tristana, a bruxinha, com semblante baixo, rebate: - Ah, eu estou triste! Nós somos más por vocação, somos autênticas. Agora, lá as pessoas não podem escolher em serem boas ou más! Perdeu o sentido para mim até em ser má! E eu não sei mais diferenciar: figura e velhinho,
Houve um silêncio eterno entre as bruxas.
Autor: Victor Dias Teixeira.

Tempos verbais (Baseado no livro: "O mundo de Sofia."


Lá ficaria o Ágora. Ficaria a Acrópoles. E Atenas não iria ser só o berço da Europa. Também iria ser o berço da Filosofia. Era onde Sócrates conversaria com o seu jovem discípulo Platão. Lá seria julgado Sócrates, no Areópago.
Sócrates iria ser acusado de introduzir novos deuses e de corromper a juventude. Sócrates quer que as pessoas pensem por si mesmas. Se as pessoas pensarem sobre as conseqüências de suas palavras terão de julgar-se a si mesmas. Sócrates temerá mais as fofocas do que todos os julgamentos do mundo. Falava-se grego clássico.
Sócrates diria: “aproximar-me-ia de um homem que seria considerado sábio. E pensaria que eu era mais sábio que ele. Só seria mais sábio do que ele se soubesse que não era mais sábio do que ninguém”. Ainda “dizia que: se o matariam prejudicariam mais a Atenas do que a ele mesmo”.
Sócrates tem dito que Platão deverá manter e guardar a tradição. Disse: foi mais nobre sofrer uma injustiça do que cometê-la e quem fez injustiças fez mal a si mesmo. Ele beberá a taça de cicuta e dirá que não será mais difícil escapar da morte, porque todo soldado saberá e bastará sair correndo. Será mais difícil escapar da maldade, pois ela correrá mais rápido do que nós.
Platão vê a sombra e diz que todas as coisas na natureza são meras sombras das idéias eternas. Mas muitos se contentam com as enganosas sombras. Eles são como o povo das cavernas. Vêem as sombras projetadas na parede e não se perguntam o que criou as sombras. Não se atrevem a deixar a caverna para descobrir o sol ou a verdade.
Aristóteles tem pensado que todas as coisas da natureza têm o potencial de assumir uma determinada forma. Segundo ele o mundo tem se dividido em diferentes substâncias. Seres inanimados e seres animados.
Nada tem se escondido tudo tem estado sempre aqui. Plantas, animais e seres humanos. O que tem diferenciado os homens dos animais tem sido a capacidade de filosofar.
Os cínicos procurariam a felicidade. Diógenes viveria num tonel e teria somente um cajado, uma túnica e um pão.
Um dia Diógenes sentaria na frente do seu tonel e Alexandre se aproximaria. Alexandre perguntaria o que Diógenes queria e Diógenes responderia que queria somente que Alexandre se retirasse, para que o sol pudesse brilhar sobre ele.
Pouco antes das quatro, o Império Romano se partiu em dois. Às oito em ponto, começa o dia de aula. Só os monastérios podiam ter escolas.
Às 10, a primeira escola catedrática foi fundadas e às 12 surgiu a universidade.
Na idade média, 30% das crianças morria antes de 1 ano de idade.
Hildegard von Bingen sobreviveu e cresceu num monastério. Papas e imperados a consultavam porque acreditavam que ela tinha um contato maior com Deus. Ela foi uma das grandes compositoras de música gregoriana. Para ela, a música e a arte eram expressão do divino; o modo de o homem solicitar o perdão dos seus pecados.
No século 13, houve um homem chamado Tomás de Aquino. Ele defendia que Deus se revelava tanto na Bíblia como na Razão.
Depois veio a bússola. Ela foi essencial durante o Renascimento.Possibilitou que os exploradores encontrassem novos continentes.Durante esta época os filósofos se dedicaram à Ciência.Rocco Spinotti foi o arquiteto de um grande palácio.O enxofre foi a substância do momento.O renascimento foi como o aniversário de quinze anos depois do qual a Europa se abre ao mundo.Foi uma época de experimentação e investigação das questões vitais. Shakespeare escrevia dramas.Ser ou não ser eis a questão.Nicolau Copérnico afirmou que a terra rodava sobre o sol.Antes do renascimento a terra era considerada o centro do universo. O Clero havia decretado que esta crença deveria continuar. Somente após trezentos anos sua crença foi aceita. Leonardo da Vinci foi arquiteto, matemático e engenheiro.Gutenberg inventou a imprensa.Ele inventou os tipos móveis, letras de metal que podem ser ordenadas. A imprensa auxiliou a difusão das idéias, começou-se a ler mais. A igreja deixou de ter o monopólio sobre o conhecimento. Francis Bacon disse que o conhecimento é o poder.
Depois, tem ocorrido a revolução porque o povo tem tido fome. Lênin tem dito: "Pão para o povo, terra para os fazendeiros, paz para o país e poder para os soviéticos. A dialética de Hegel tem sido a base do marxismo. Tem sido chamado revolução russa. Tem sido escrito o manifesto comunista.
Descartes dirá: cogito, ergo sum, isto é, penso logo existo. Ele dirá que há uma fronteira evidente entre o espírito e a matéria. Entre a alma e o corpo.Existirá algo que influenciará os processos mecânicos. A razão será enfatizada.Descartes irá defender que o corpo e a alma funcionarão de forma autônoma.
Seria o divã, ele seria de Freud.Seria a hipnose e a psicanálise. O inconsciente existiria. A forma de se resolver o problema seria fugir para seu sub-consciente e distrair o autor que escreveria o livro de sua vida. A melhor hora de fugir seria quando o autor não estivesse olhando.
Transcrito por Victor Dias Teixeira.