quarta-feira, 29 de abril de 2015

Os ratos.

Dr. Smith era um psicólogo em comportamento animal. Fazia experiência com ratos. Sempre via que estes bichos brigavam ao disputar por alimento e espaço. Certo dia resolveu fazer uma nova experiência. Providenciou muitas caixas espaçosas e colocou no máximo três ratinhos em cada uma delas. Colocou muita comida, queijos de todas as espécies. Nos primeiros dias sentiu que os animaizinhos estavam vivendo mais pacificamente. Após algum tempo, novos comportamentos começaram a florir. As criaturas começaram a andar de forma insensata e a se trombarem, e já apresentavam sinais de hostilidade e agressividade. O cientista resolveu, em razão do ocorrido, colocar os ratos sozinhos, em alas separadas, com bastante comida. Não houve mais confrontos ou agressividades. Houve um vazio. O vazio que os ratos mereciam. O vazio que movimentava a agressividade deles. O vazio que já veio com eles antes, agora e depois. Nem o cheio agüentava mais o vazio. O cheio ficou irado com a indiferença do vazio...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Um Pardal em New York.

Almas puras alimentam-se ao meio de uma correria insensata. Os andantes movimentam de uma forma, que aos padrões contemporâneos e padronizados, enviam um visual de coisa sofisticada e prática. A sofisticação ofusca a essência pura da sobrevivência; e a praticidade nivela valores altos à mesquinhez do terno em preto e branco. Já os pardais tocam um piar mudo que não se disputa com o som dos automóveis truculentos. Quando se presta atenção a essas criaturas feitas de penas, vê-se uma água suja e insossa. Água que se equipara aos andantes que seguem para um riacho previsível e medíocre.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Saudosismo do Seu Zé

Numa fazenda do interior, onde o Judas perdeu as botas, andava o Seu Zé. Ele lamentava e tentava persuadir que no passado tudo era melhor. De repente, desceu a Sra. Ciber numa nave espacial. Ela perguntou:- Por que andas tão triste e com o semblante baixo¿ Ele respondeu: Tudo era melhor na minha época, as pessoas eram melhores, mais honestas e não havia tanta sujeira. A Sra. Ciber retrucou: Que nada! Está tudo a mesma coisa! Hoje fazemos sujeira, azul fosforescente e, antes, era marrom, cor de terra. E os grilos cantavam igual aos da era do Seu Zé. ...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Só por uma noite vou tentar ser como esta flor: ser belo à luz do luar; ser belo sem questionar; ser belo sem criticar; e, mesmo sabendo que de manhã irei murchar, viverei o momento mágico de ser belo só porque sou, não importando como sou e onde estou. Autor: Victor Dias Teixeira.
O golfinho é bobo! Aparece demais, come peixe pequeno e acaba sendo condicionado a ser palhaço dos outros. O tubarão é esperto! Só nada fundo, só mostra a barbatana, come peixe grande e prefere morrer do que ser palhaço. Brinco com golfinhos e respeito tubarões! Autor: Victor Dias Teixeira.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Interpretação conforme a conveniência.


Interpretação isolada seria a forma utilizada por hermeneutas que usam trechos de uma escritura para exporem opiniões próprias ou de um grupo com um mesmo juízo de valor.
O grande erro é ignorar o contexto histórico do que foi escrito.
Esta técnica é bastante utilizada, seja por tradição, um dirigente passa para o outro, ou mesmo por orientação consciente.
Esquecem muitas vezes que num livro há uma narração de um fato acontecido no passado.
Em razão de tal atitude insana e não inspirada:
Ainda hoje, apedrejam pessoas;
massacram minorias;
estipulam porcentagem para o dízimo;
matam animais para serem oferecidos em sacrifício;
desagregam, segregam;
vêem o mundo de uma forma míope e distorcida.
É a eterna mania de flexibilizar aquilo que convêm e tornar rígido aquilo que causa desconforto.
O bezerro de ouro atual é o dinheiro e a ganância.Não há como priorizar o capital e esquecer o ser humano. Não há como servir ao Deus do Amor e ao Deus do Capital.
Autor: Victor Dias Teixeira.

sábado, 25 de junho de 2011

Métodos de sobrevivência.


Os seres humanos usam métodos de sobrevivência como se estivessem numa grande floresta rodeados por predadores. Os predadores são eles mesmos se devorando. Para sobreviverem usam todos os métodos para ficarem numa escala social mais alta e vantajosa.
Na visão micro usamos estratégias para lucrarmos e ficarmos numa zona confortável.
Na visão macro, os governantes e governados também as utilizam .
Estratégia de camuflagem: seres dissimulados e simulados que não são transparentes. Agem com o sangue frio e são muito pacientes. Ludibriam e enganam passando uma imagem falsa de si mesmos; e difamam, caluniam e proclamam injurias de seus semelhantes para simular uma auto imagem positiva e, ao mesmo tempo, negativa dos outros.
Estratégia de união massacrante: aqueles que tem conhecimento do ambiente que estão inseridos e conhecem, através do tempo ou intuição maligna, seres que possuem o mesmo privilégio do conhecimento. Eles se unem e massacram os ainda não inseridos no ambiente hostil e voraz.
Estratégia do apadrinhamento: seres que são mantidos em posições privilegiadas e são protegidos por inescrupulosos que possuem voz de comando.
Estratégia Rio 40 graus (malandragem): seres que contabilizam minutos e sentem prazer em sair ganhando algo vantajoso. A vantagem pode ser pequena, mesmo assim sentem prazer. O frenesi está em ter ao final do dia várias vantagens para si mesmo.
Estratégia em Nome de Deus: seres que acreditam que tem o monopólio de Deus. Acreditam ter apadrinhamento do Superior, do Supremo. Com o tempo esquecem que o sol nasceu para todos e não só para eles.
Estratégia do ser egoísta: geralmente estes seres possuem baixa estima e são extremamente invejosos. Usam do sistema e ambiente que estão inseridos para massagear o próprio ego, e, muitas vezes, utilizam de um cargo para massagear seu clitóris, já que quando chegam em casa perdem-se num vazio de solidão e carência.
Da selva para a cidade não houve mudança. Houve somente atitudes feitas em um ambiente artificialmente climatizado e num ambiente pavimentado.
"Macacos comem banana. Seres humanos a descasca".
Autor:Victor Dias Teixeira.